Os textos de uma bacharel em Letras apaixonada por Literatura e que gosta de olhar para a vida de forma diferente: prestando atenção a cada detalhe, mas deixando escapar um monte. Ela ouve, comenta, sorri, chora, sente. Ela ama essa coletânea inesgotável de histórias que a vida é.
Se você olhar bem, no cantinho daquele vagão do metrô, cedo de manhã, ela estará escorada olhando ao redor. Perdoe; ela estará ouvindo ao redor. Olhando não. Quem olha os outros no metrô é a criança. Os adultos, eles fingem que não existem, e resumem-se apenas à sua presença física ali no vagão. Que vagão? Aí já cabe a cada um esse saber. Mas, bonito mesmo é ver quando uma criança pequena joga um brinquedo num adulto e o faz sorrir, ou quando musicistas preenchem os espaços entre as pessoas de melodias e risos. E todos riem e aplaudem. E alguns, esses conversam. Outros sentam no chão – contrariando a placa de proibição – enquanto uns ouvem música alta no celular. E tem gente, como Maria Sal da Terra, que vai se espalhando pelo mundo e deixando ele com mais tempero, com mais sabor.
Ah, sim, esqueci de dizer; no metrô, quem chega está em casa.
Ps. Os textos são todos autorais e registrados em nome da autora. Até porque cada um vê o mundo à própria maneira.